Você vai se mudar e precisa decidir se quer começar a vida pertinho da família ou, pelo contrário, quer ir pra beeeem longe. Um post do Apartment Therapy lista argumentos para os dois lados. Resumidamente? Prós: participar ativamente dos momentos familiares, acompanhar o crescimento dos menores, ter sempre alguém por perto pra ajudar. Contras: não ter tempo pra você porque a família absorve todos os minutinhos livres, não conseguir experimentar quebrar a cara porque tem sempre alguém por perto e se sentir na obrigação de fazer tudo em conjunto.
Você se identifica com qual dos lados? Prefere morar perto ou longe de sua galera?
A Cíntia e a Vivi, amigas muito queridas e colaboradoras do Apezinho, optaram por morar longe.
Elas nos contam as suas experiências e visão dos dois lados. Adoramos, obrigada, meninas!
Boa leitura!
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Conta pra gente, Cíntia! <3
A melhor parte de morar longe da família é a liberdade que sinto de ser e fazer o que eu quiser sem muita interferência. É um sentimento de liberdade, independência e controle da nossa própria vida que eu amo! Algumas pessoas podem achar isso um pouco assustador, e realmente é um pouquinho, mas eu gosto muito de não ter a influência constante da família na minhas decisões. Outro lado muito bom pra mim é que os conflitos de convivência, que são normais em qualquer família onde as pessoas vivem juntas, são muito menores e quando estamos juntos damos mais valor um ao outro e agimos com mais amor e generosidade.
Eu acredito que o amor que sentimos por nossa família é o mesmo seja morando debaixo do mesmo teto ou com um oceano de distância, mas quando retiramos da equação a convivência maçante do dia a dia, sobra a parte boa do relacionamento, o amor e a saudade.
Porém tudo tem um preço, e o lado mais cruel da distancia pra mim é que a família também não participa muito de nosso cotidiano. Por exemplo eu adoraria cozinhar pra minha família num domingo, convidá-los pra ver minha nova casa e outras coisas pequenas do dia a dia que gostamos de dividir com quem amamos. Video-chats ajudam muito mas não é a mesma coisa como dar um abraço apertado e enchê-los de beijos.
Outro lado ruim é que não importa o quão independente a gente seja, sempre há momentos na vida em que tudo o que gostaríamos é ter nossa família ao lado para nos ajudar, mas com um oceano nos separando fica muito mais complicado. É fácil ser independente quanto tudo vai bem, mas quando as coisas não vão tão bem assim, ficamos muito mais vulneráveis pois as pessoas que nos amam incondicionalmente não estarão ao nosso lado. E é bem duro!
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Agora é a sua vez, Vivi! <3
Tenho 37 anos, moro longe da família desde os 22 anos, quando consegui meu primeiro emprego em uma “empresa grade” e fui dividir um apê com uma amiga. No começo, aos 22 anos, confesso que gostei bastante da ideia de “ir e vir” para onde quisesse sem dar satisfações a ninguém. Você fica extasiado com aquela liberdade toda e só vê o lado bom! Sim, é bom não ter alguém da família te apontando o dedo para qualquer coisa que você faça e ter espaço para fazer suas próprias escolhas e construir, enfim, sua vidinha pelos caminhos que julga bacanas de caminhar!
Mas também tem as responsabilidades e obrigações de ordens práticas que no início são bem chatas e complicadas: gerir o seu dinheiro, sabendo que ele deve durar necessariamente até o final do mês, pagar contas, abastecer a casa com comida e demais itens de supermercado imprescindíveis ao funcionamento de uma casa. Afinal, papel higiênico não brota no chão do banheiro! Lavar roupa (e passá-las!) também são atividades de enlouquecer e cansar qualquer pessoas no início de sua “carreira solo”.
Para mim, não demorou muito para sentir saudades da minha família, não só pela praticidade de não me preocupar com as atividades “de ordem prática”, mas principalmente pelo convívio, pelo colo e companhia quando se está doente e pelo zelo da minha mãe ao abrir a porta de madrugada, quando eu chegava de alguma festa. Depois que passa, você percebe que isso é amor e como isso faz falta.
Depois de um tempo, você até aprende a tirar de letra as responsabilidades de se virar sozinho, faz parte do virar gente grande, mas uma coisa eu sinto muita falta e cada vez mais: a presença nas horas de felicidade, para dividir e comemorar junto, e o colo na horas ruins, que acalenta a alma e faz qualquer problema parecer menor diante de um aconchego de amor de família.
Agora, com 37 anos e um filhote de 1, queria a minha família aqui bem grudadinha, me apoiando, me ajudado, me ensinando e acompanhando o desenvolvimento do Tito, se divertindo junto e participando de cada etapa.
Morar longe tem lado bom e ruim, mas hoje eu chego à conclusão que sou feliz sim, mas seria muito mais se eles estivesse aqui pertinho, numa distância, como diz o velho ditado: “nem tão perto para vir de havaianas e nem tão longe para vir de malas!”, risos.
Nota de Apezinho: Curtiu? Nós também, muito! Acredita que essas imagens são miniaturas? Demais, né? Elas foram encontradas aqui.
4 Comentários
[…] boa para vc que está aí pensando em morar sozinha(0), viu ? – Ele se divide nas categorias Buscar, Mudar, Decorar, Comer, Manter e Contar – linkei para alguns posts que achei super […]
Olá! Meu Nome é Dayane, vim aos 16 anos morar com a minha irmã em Cuiabá/MT. tenho alguns tios por parte de mãe aqui. Vim do Pernambuco de uma cidadezinha bem pacata do interior, lá não tinha universidades então de qualquer forma teria que ir para Juazeiro do Norte-CE que é a cidade mais próxima de lá para estudar.
Quando cheguei aqui em Cuiabá/MT tudo era novo e maravilhoso, a liberdade, tudo era melhor mais bonito e divertido, a questão de trabalhar para se sustentar e ter que ser mais responsável a partir daqui eu tirei de letra, pois já fui educada por pais que nunca deram moleza. No inicio confesso que não sentia saudades de casa, sim, da minha mãe e do meu pai, e da minha irmã que estudava em Juazeiro do Norte/CE e que estava todo fim de semana em casa. Mas enfim, o tempo foi passando, eu comecei a namorar um rapaz muito tranquilo e amoroso. O nosso namoro não foi lá dos mais tranquilos, a família dele pegava no pé dele sabe, o típico rapaz de família dominado pelos pai e mãe. Enfim, contornei a situação e um ano depois o pai dele faleceu num assalto, ai eu dei todo meu apoio lógico, e pouco tempo depois minha irmã que já estava casada e agora com minha sobrinha ainda bebê foram morar ela e o marido e a filha na cidade dos meus pais.
Agora eu estava meio que sozinha, afinal ela era minha companhia e nos damos muito bem. Com o acontecimento na vida do meu namorado, fiquei mais próxima da família dele porque ajudei muito eles. Depois de um tempo a mãe dele começou a querer fazer tudo com nós dois, para todo lugar que saímos tinha que levar ela, raramente saímos sozinho, então ele viu que a melhor saída seria ir morar comigo, uma das vantagens de se morar longe é que você adquire muitas coisas sozinha, por exemplo, quando ele foi morar comigo aos 21 anos eu já tinha apartamento próprio e móveis, o que facilitou nossa vida. Eu e meu namorado cursamos a mesma faculdade (estudamos juntos) este ano 2016 nos formaremos no final do ano. Porém agora meio que vivo uma vida de casada aos 22 anos e prestes a terminar a faculdade penso muito em ir embora para perto da minha família que sinceramente morro de saudade. As vezes penso em ficar por aqui mesmo que já construí minha vida, e ficar com o meu agora “marido”, mais ai me lembro de tudo que irei perder, o convívio com minha sobrinha que está crescendo rápido, as conversas com minhas irmãs que são muito amigas, e minha mãe que é um amor, e meu pai que é gente boa também, as vezes penso que se eu ficar com o tempo vou perder esse amor incondicional que sinto por eles, sem contar que a distancia a gente acaba perdendo a intimidade com os irmãos e pais, todo vez que vou visitá-los 1 ou 2 vezes no ano eu percebo o quanto meus pais já envelheceram q como é triste não estar por perto quando minha mãe está doente ou meu pai, ou qualquer um deles!
Já conversei com meu Namorido se ele teria coragem de largar o emprego dele aqui que ele já trabalha a 7 anos e que está esperando uma promoção de gerente, se ele deixaria nossa estabilidade do apartamento próprio e dos móveis, da família dele e tudo mais. A resposta dele foi que não, ele não se adaptaria a cultura da minha terra, sei que lá nós teríamos todo o apoio da minha família que é muito parceira, daí moraríamos em Juazeiro do Norte/CE que é uma cidade próxima a dos meus pais, que tem emprego na nossa área de formação que é engenharia civil, e é uma cidade grande que tem tudo que aqui tem. E onde poderíamos visitar com frequência minha família. Mas enfim, ele disse que não dá, disse que me ama muito que é muito feliz comigo, mas deixar a terra dele e a família para arriscar a vida em um lugar que ele nem conhece para ele não dá.
No fundo eu entendo ele e seus motivos, mas penso em ficar e no final viver em feliz, porque aqui a família dele são todos por ele, e se um dia brigarmos ele terá quem consolá-lo já e não terei ninguém. E se um dia não der certo e nos separarmos, terei perdido tempo pois meus pais podem nem estar mais vivos ou dispostos, então vivo neste empasse, se fico com ele que é um homem muito bom, e respeitoso, ou se vou embora e recomeço minha vida perto da minha família, afinal tenho 22 anos sou jovem ainda.
Dayane, que generosidade a sua de compartilhar a sua vida com a gente. Que coragem de começar sua história em outra cidade. Muitos beijos das Pereiras, que adoraram saber dos seus desafios e sonhos. Segue do Rio de Janeiro nosso carinho e admiração, ok? <3
Hoje me encontro em uma decisão cruel!
Voltar a morar pertinho da família (na mesma cidade) e sentir o que tanto quero (a combibencoa do meu filho com nossos familiares, poder almoçar num domingo com minha mãe ou chamar ela para ir em casa), e por enquanto meu marido ficar na cidade onde estamos ( por questão de emprego), ou, eu ter um emprego onde moramos e continuar longe da família!
Isso tá me tirando o sono!
Concordo com tudo desse post, da sensação de liberdade, da saudade e da convivência da família com o pequeno!
Ai to num momento dificil de escolha!