Conhecemos a Ida da melhor forma possível. Um dia compartilhamos um post de uma amiga que dizia: “Enquanto você estiver vivo, vai ter louça.” Qual não foi a nossa surpresa quando a autora da frase comentou no post e ainda nos ofereceu cópias do adesivo. Quem era? Ela mesma!
Horas depois já éramos íntimas e combinamos que ela contaria um pouco de sua história para o Apezinho e apresentaria o seu canto. Porque nunca tínhamos visto um lugar como o dela. Que tem de um tudo, tralha, bagunça, liberdade, história e bom humor. E arte!
Nossa amiga ruiva faz um monte de coisa ao mesmo tempo. Tapioqueira, frasista, jornalista, criadora do Ida vende tudo e do que mais ela quiser. Sem barreiras.
Com você, a autora de “A vida não é só like!”
“Vamos lá!
Sou filha de um cineasta, o Aron Feldman e desde pequena me relaciono com artes plásticas, cinema e música – cultural e de boa qualidade. Só quando eu cresci que estraguei um pouco meu gosto, hahahahaha!
Minha casa com meus pais (já falecidos) sempre teve coleções de revistas, acúmulo de coisas. Meu pai tinha um quartinho da bagunça onde ele revelava filmes, montava filmes de cinema, era meio um Professor Pardal do cinema maldito dos anos 60 até sua morte nos anos 90.
Quando ele faleceu e fui obrigada a morar sozinha (minha mãe faleceu nos anos 80), eu decorei minha casa ao meu modo.
Comecei colando com fita crepe vários recortes de revistas nas paredes, depois consegui por coisas importantes nos quadros, montei uma exposição da família com o dedo no nariz na cozinha, comecei a escrever frases inspiradoras no banheiro, etc.
Em 1988, fiz um filme que gerou um prêmio no Festival Mix Brasil com o meu nome, o troféu Ida Feldman, que ganhei naquele ano e desde 1989 ele é dado para as pessoas que mais se destacam no festival. O filme e minha atuação no Festival e no site Mix Brasil, incitando novos videomakers e cineastas a fazerem seus filmes em uma época que ninguém tinha celular (e nem programas de edição nos computadores) rendeu essa homenagem que já dura quase 20 anos.
Esse filme é assim: 32 cenas com historinhas diferentes no meu banheiro.
Esse banheiro agora tem frases, mas já teve fotos de cocôs, teve marcações de quantos cocôs eu fiz em alguns anos, teve coleção de topos gigios etc. Já fui a capa da Revista São Paulo, da Folha de São Paulo com meus pés dentro da privada aqui do meu banheiro.
O que me dá vontade de fazer na minha casa, eu faço. É meu território, é onde moro, trabalho e durmo. Tem que ser confortável, dinâmico e alegre.”
Nota do Apezinho: Curtiu? A gente adorou! Conheça outros links que contam a história de nossa amiga. Se eu fosse você, não a perderia mais de vista! :)
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