Desperdício é um assunto vasto, afinal criou-se a falsa impressão de que os recursos são infinitos. Evitar o desperdício, além da economia imediata que fazemos, auxilia a conquista de hábitos mais saudáveis e menos consumistas. A pirâmide da necessidade é perfeita para ilustrar a tendência de repensar nossos hábitos e transformar nosso estilo de vida.
O que podemos fazer?
Repensar nossas necessidades – Dá uma olhada no mapa mental feito no Coggle.
Comprar menos, reaproveitar e reutilizar mais – O primeiro passo é nos perguntar se realmente precisamos comprar o produto diante de nós e controlar o impulso de compra. Se ficar em dúvida, não compre, deixe para outra oportunidade. Imagem da Raízes e Folhas.
Será que há algo em casa que possa ser reaproveitado para atender essa demanda? Idéias neste sentido foram apresentadas nos posts Decoração Sustentável, Reutilize e Recicle já . Abaixo mais algumas sugestões:
Foto do Blog Cat’s Resume, daqui e daqui!
Que tal explorar outras possibilidades, como pedir emprestado, alugar ou comprar um produto já usado?
Livros – Buscar em bibliotecas, comprar em sebos, trocar ou pegar emprestado são algumas alternativas.
Móveis e roupas – há várias opções disponíveis na internet. Os brechós se espalham pela cidade, além de outras alternativas como a Perpétua, cuja a matéria-prima é roupa usada. A seguir alguns endereços tirados da Veja Rio e da Time Out: Brechó da Cris, Catherine Labouré, Garimpo Carioca, De Salto Alto e Emporium do Futuro.
Doar ou vender objetos sem uso – Roupas, eletrodomésticos, eletrônicos, brinquedos, livros, remédios etc Isso é necessário? Ainda é utilizado? Está em bom estado? Sim? Que tal doar ou vender para liberar espaço? Para venda, os brechós podem ser uma boa alternativa. Remédios, produtos de higiene, produtos de limpeza, alimentos, caso não venham a ser utilizados, também podem ser doados. É importante que sejam doados antes da data de validade expirar.
Há entidades que recebem doação de remédios, alimentos, produtos de limpeza e higiene, roupas infantis, brinquedos etc como a Sociedade Viva Cazuza, o INCA e o Exército da Salvação. Essas atitudes reduzem o consumo de recursos e a geração de resíduos.
Destacamos ainda dois projetos bem interessantes que tomamos conhecimento pela internet: um recebe lenços em perfeito estado para posterior encaminhamento a mulheres em tratamento do câncer – Banco de Lenços Flávia Flores e o outro – Flor Gentil – prolonga a vida das flores que enfeitam casamentos e outras festas, entregando-as a idosos em casas de repouso. Fotos de Gleice Bueno vieram daqui.
Privilegiar o trabalho manual e a produção local – Sempre que possível, dar preferência à produção local seja em alimentos, roupas etc e ao trabalho artesanal.
Pesquisar e se informar acerca de alternativas mais econômicas e saudáveis – Dar preferência aos produtos biodegradáveis, àqueles menos nocivos e menos poluentes bem como às embalagens recicláveis.
Produtos de limpeza – Os produtos de limpeza estão cada vez mais especializados e variados (sabão para roupa clara, para roupa escura, multiuso, multiuso limpeza pesada etc), levando a crer que você precisa de um produto diferente para cada ambiente da casa.
Reduzir a variedade de produtos usados na limpeza da casa, utilizar o básico (detergente e sabão em pó/líquido ou em barra) e substituir por produtos com aplicações diversas e mais baratos como vinagre branco de álcool, limão e bicarbonato de sódio.
Lâmpadas – Substituir as lâmpadas incandescentes (menos eficientes) e fluorescentes (mais nocivas à saúde e ao meio ambiente) por lâmpadas LED. Detalhes inclusive como descartá-las por aqui.
Atentar para as quantidades e embalagens – Vale a pena calcular o preço unitário do produto (metro do papel higiênico, litro de suco etc) antes de decidir a sua compra. A calculadora do celular nos ajuda nesta empreitada, visto que os supermercados não costumam informar esse valor. A gente pensa que a embalagem maior ou em oferta será mais barata mas nem sempre isso acontece.
Em casa, manter a embalagem de shampoo, condicionador, creme hidratante, detergente, sabão líquido, sabonete líquido de “cabeça para baixo”, quando estiverem com pouco produto. Algumas embalagens já estão sendo feitas neste formato.
Reduzir a quantidade de lixo, reciclar e descartá-lo adequadamente – Jogar sempre o lixo na lixeira (nunca na rua), qualquer coisa jogada fora do local adequado vai parar nos rios ou nos mares, poluindo e causando inundações em caso de chuvas fortes.
Em casa, separar o lixo, acondicioná-lo em sacos de lixo, de preferência biodegradáveis, e descartá-lo corretamente. A Josy Fischberg falou sobre lixo eletrônico aqui. Cobrar das empresas e das autoridades a ampla e efetiva coleta das embalagens (logística reversa). Em Berlim, ao devolver a embalagem pet vazia, por exemplo, temos a restituição do valor pago pela mesma.
Reduzir o gasto de papel – Optar pelo recebimento das contas por e-mail; ler jornais na internet; procurar ler alguns livros (e-books) em tablets; imprimir arquivos somente quando necessário.
Reduzir a quantidade de plásticos – Usar um copo no lugar de copos descartáveis; evitar sacolas plásticas de supermercado, usando um sacola de tecido ou lona; se precisar usar copos ou pratos descartáveis, dar preferência aos de papel.
Imagem daqui.
Reciclar os resíduos produzidos – papel, papelão, embalagens pet, embalagens tetra pak, alumínio, latas de aço, plástico, vidro.
Para saber mais sobre o tema, dá uma olhada no post Eu reciclo da Daniela Pereira. Há também esse site para encontrar postos de coleta de embalagem tetra pak.
2 Comentários
Nossa, Bel! Não sabia que você era colaboradora! Que máximo! Adorei saber disso e adorei seu texto! Parabéns!
Beijoss
Falta investimento na indústria de reciclagem.