No dia do aniversário da nossa cidade a Petra nos fala como foi voltar para o Rio de Janeiro, seu lar doce lar!
Conta pra gente, Petra!
Era uma tarde quente no Rio, – mais uma, como tantas outras – mas para mim, aquela tarde tinha um significado especial: a minha volta para a famosa Cidade Maravilhosa.
Depois de morar oito meses na também famosa São Paulo, eu chegava ao Rio para reconquistar minha cidade. A cidade onde nasci e vivi (sim, vivi, já que morar pode-se morar em qualquer lugar) os últimos 12 anos.
Voltar para o Rio de Janeiro sempre esteve no meu plano, era algo certo, só não imaginava que seria tão rápido.
Na noite que decidi que ia morar na capital paulistana, também decidi que voltaria para o Rio. Não sabia quando, onde, se seria rápido ou se demoraria, só sabia que voltaria.
Para mim, que vinha pra cá sempre que possível, a chegada à cidade era tão aguardada, que na noite anterior, eu sempre tinha insônia! Era tanta ansiedade, tanta felicidade… que o sono não tinha vez.
Confesso que há algumas coisas na cidade que me desagradam, principalmente o calor saariano que faz no verão. Fico incomodada, reclamona e suada. Mas nem isso tirava minha vontade de retornar um dia.
Quem mora fora do Rio sente a paixão pela cidade aumentar no instante que sai dela. Uma vez, conversando com um amigo no trabalho, entramos no assunto Rio. Ele, que já tinha vindo algumas poucas vezes pra cá, ouvia minhas histórias e meus comentários com toda atenção. No final da conversa, as exatas palavras foram: nunca ouvi um carioca tão apaixonado pelo Rio.
E com isso, a total e verdadeira compreensão dos versos do grande mestre “Rio, seu mar, / Praia sem fim / Rio, você foi feito prá mim”.
Voltar pro Rio foi também voltar pro bairro antigo e pro apê antigo. Sou moradora do Flamengo e gosto muito. Acho um bairro prático e cheio de facilidades – Metrô, proximidade do Centro e dos outros bairros da zona sul… E pra mim, a cereja do bolo é poder fazer tudo a pé. Rápido, prático e sem poluição.
O meu novo/velho apê é o meu lar doce lar. Casa com cara de casa – às vezes umas louças no escorredor, roupa pendurada no varal, algumas coisas fora do lugar. Enfim, não é uma “casa de revista”, por mais que minha mãe, às vezes, tente.
Nota do Apezinho: As imagens de Fernando Quevedo e Guilherme Leporace foram encontradas no Instagram do Jornal O Globo.
Leia a nossa declaração de amor para Laranjeiras e Copacabana!
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