Inaugurar a Editoria “Decorar” com a Lilli é muita sorte! Se você visitar o site ou a página do Face da Le Modiste verá vários comentários como “Lindo”, “Amooo!” ou “Quero pra mim!”. A proposta da Lilli é incrível! Tudo o que ela faz dá vontade de comprar. E a mão para a reciclagem é mágica!
Depois de ler nossa entrevista, dá um pulinho nos endereços abaixo e encante-se!
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1) Como foi a sua saída de casa? Como era o seu primeiro apartamento? Quais foram os seus primeiros móveis?
Saí pra morar com um namorado quando tinha vinte e poucos anos e levei os móveis do meu quarto e algumas coisas da casa da minha mãe. Ganhei uma geladeira velha que não durou nem 3 meses e logo virou o móvel da TV e vídeo… Como não tinha grana a única coisa que consegui fazer quando me mudei foi colorir as paredes todas e alguns móveis, e improvisei um closet num cachimbo do quarto. Aos poucos foram entrando cortinas, almofadas, e objetos herdados de cenários de filmes publicitários em que eu trabalhava na época, como assistente de direção e às vezes de arte. Era bem divertido! Achei umas fotos aqui tiradas na primeira câmera digital inventada, que era de disquete 1.44 e cabia umas 15 fotos em alta resolução…
2) Qual é o seu maior conselho como decoradora para quem vai morar sozinho pela primeira vez?
Catar móveis abandonados na família! Sempre tem uma tia, uma avó, algum parente querendo se livrar de móveis antigos, que na verdade são preciosidades. Não existe mais a mesma madeira de qualidade, muito menos profissional para fazer peças como as do tempo dos nossos avós e pais. São móveis que já duraram uma vida e vão durar mais outra pelo menos. Uma reforma, que não necessariamente precisa ser em laca colorida, pode ser apenas algum conserto e verniz novo, deixa qualquer mesinha, cadeira, sofá melhor que uma peça nova, e sai mais barato. Além de ser eco-friendly, claro!
3) O que você indica da Le Modiste, pra quem não tem muita grana?
Reformar! Mandar fotos de móveis herdados pra vermos o que podemos fazer ;)
4) Entrei num apartamento e ele é todo branco. Quais cores você apostaria pra casa nova?
Acho que cor é uma coisa muito pessoal e casa mais ainda. A pessoa tem que colocar a cor que gosta, seja uma parede verde e outra roxa (como já foi um dos meus quartos de adolescente), ou toda bege, se assim preferir. Sinto que muita gente fica no básico porque tem medo da cor, porque acha que não combina, porque tem medo de cansar… Eu acho que o que cansa é creme, bege, areia, cinza gelo, e o que é difícil de combinar é preto! :)) Acho que cor combina com cor e se você arrisca sem medo vai ter um resultado interessante, e que vai ser mais a sua cara. As cores influenciam totalmente no nosso humor, então é só dar uma googlada em cores+humor, por exemplo, e começar a sua pesquisa daí. Não acredito em moda nem em tendência, isso é uma bobagem pra indústria ter sempre uma desculpa pra vender mais. A idéia da le modiste é justamente acabar com esse nonsense e propor que cada um encontre o seu estilo e novos usos para peças já existentes ao invés de consumir algo ditado por alguém de fora pra ser feliz.
5) Qual a tendência de decoração do momento?
A sua! :)) Reaproveitar, reciclar, recriar e descobrir quem você é e do que gosta, e imprimir isso na sua casa.
6) Quais são as suas maiores referências criativas?
Tudo me inspira, tudo me interessa e não tenho o menor controle sobre isso… acho que minha mente cria 24 horas por dia! Um filme, uma conversa, uma paisagem, até coisas aparentemente feias e estranhas. Eu sempre consigo ver o que é belo em tudo, acho que qualquer coisa tem uma certa poesia, ela só precisa ser descoberta e isso depende do modo de olhar. Talvez minha maior inspiração venha justamente desse modo de olhar. Sabe aquela história do copo meio cheio e do meio vazio? Pois pra mim o copo está sempre cheio, metade de água e metade de ar, e isso quer dizer, a meu ver, infinitas possibilidades ;)
1 comentário
Uauuu eh precisamente o que eu estava procurando! Pense nessa frase: “Argumentos sao como armas de fogo que um homem pode manter em casa, mas nao deve transportar por ai com elas.” Samuel Butler.