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Se meu apezinho falasse…

Bem-estar é se sentir à vontade consigo mesmo e também no espaço em que se habita. A casa da gente é nosso refúgio, o lugar onde podemos expor a nossa história e que podemos escolher tudo, mas será que objetos têm sentimentos? Lugares são feitos de memórias ou tijolos? As paredes têm ouvidos? Você anda falando com as paredes? Consegue imaginar o que diriam as paredes do seu apezinho se caso elas falassem? Pessoas que chegam e vão. O tempo que vem e vai. As vivências, as experiências, as alegrias, a solidão, a tristeza e a imaginação…

Foi imaginando “Se as paredes do meu apezinho falassem?” que consegui pensar em algumas das situações que elas poderiam nos contar:

– Falariam dos livros que li, de outros tanto que abandonei e daqueles que avancei só pra saber logo o final;

– dos programas da TV a que assisti, de quantas vezes respondi o “Boa Noite” do William Bonner, de outras que imitei o “Acorda, menina!” da Ana Maria Braga e de todas as respostas das perguntas da Maria Gabriela que respondi como se o entrevistado dela fosse eu;

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– das novelas, filmes ou series a que assisti e todas as vezes que conversei com os personagens, seja pra brigar, torcer ou me emocionar com o mocinho e principalmente me divertir (e amar) todas as vilãs;

– das partidas de jogos e lutas a que assisti, de todos os palavrões que revoltadinho falei enquanto torci e dos pulinhos ridículos de felicidade vibrando e comemorando;

– dos clipes a que assisti e das músicas que escutei, mas principalmente de todas as coreografias que tentei aprender e fiquei lá dançando e curtindo desde o É o Tchan até Anitta;

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– da irritação com o Faustão (que nunca deixa ninguém falar), da diversão com o Silvio Santos (brincando de Qual é a musica?) e da alegria da Regina Casé (achando que o Esquenta é na minha sala);

– das mentirinhas despretensiosas e do famoso “já tô saindoooo de casa” enquanto ainda estava lá atrasadíssimo, seja por dormir demais ou me arrumando;

– das revistas geração saúde que me ensinaram exercícios mágicos que prometem a barriga trincada e o peitoral maior que eu faço por uns dias e nunca mais;

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– da busca pelo ângulo perfeito e a iluminação adequada tudo para depois de uns 30 cliques encontrar a melhor selfie no maior estilo bem “natural” para poder postar;

– das noites de insônia ou momentos de solidão, mas sempre na cia virtual com celular na mão e nossos amigos de sempre google, youtube e todas as redes sociais;

– dos momentos de fé que todos temos, das brincadeiras que fazemos, dos projetos de decoração que planejamos, da organização e dos TOC que colocamos em prática, dos amores tantos que fomos amando e desamando pela vida afora, da expectativa e decepções que criamos e recebemos…

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Alguns momentos são tão bregas, outros risivelmente cafonas e clichês, mas a verdade é que cada vez que buscamos o interior da nossa casa, descobrimos mais um pouco do interior da gente mesmo!

Afinal a casa mais bacana que existe não é aquela da revista de decoração, mas sim aquela que tem vida de verdade. Por isso essa relação lar e morador é tão importante e única e cada momento com as paredes do seu lar vale muito pena!

Nota do Apezinho: curtiu? As imagens são do maravilhoso Gravity Home!

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