Sempre fui fã e telespectador-apaixonado pelas produções da Rede Globo (plim plim). Desde pequeno, tinha mania de gravar tudo em VHS só para ter a certeza que poderia assistir e rever quantas vezes quisesse. A cada serie assistida, eu tenho a mania de identificar um personagem que adoraria ter como amigo/amiga. Imagine a minha felicidade quando descobri pelo Globo Marcas que muitas das minhas séries começaram a ser lançadas em boxes de DVD´s!
Amo assistir às séries e ver a coleção aumentando! Virei (e sou) “sériemaníaco” das nossas produções nacionais. Quando conheci “Sex Appeal“, em 1993, apesar da paixão intensa, não consegui assisti-la, pois era criança e tinha que dormir cedo. Vivi uma paixão intensa com “A Grande Família”, tive casos esporádicos com “Os Maias” e, recentemente, me vi no meio de um “affair” com “Amores Roubados”. Hoje estou casado com “Pé na Cova”, mas dou “uma pulada de cerca” com “Tapas & Beijos”.
Abaixo meu TOP 10
Anos Rebeldes, de Gilberto Braga (1992) Mesmo sendo criança e na época sem entender nada sobre a Ditadura Militar, eu me recordo da música de abertura – “Alegria Alegria”, de Caetano Veloso – que eu adorava cantar e da cena mais marcante da minissérie que foi a morte da jovem Heloísa (Claudia Abreu), uma militante refugiada, a tiros de metralhadora no ultimo capítulo por policiais militares.
As Noivas de Copacabana, de Dias Gomes (1995) Essa foi a primeira minissérie que eu acompanhei de verdade! Assisti quando ela foi reprisada em comemoração aos 30 anos da Rede Globo. Ficava fascinado pela historia do serial killer Donato Menezes (vivido brilhantemente por Miguel Falabella), que era obcecado por mulheres vestidas de noiva, um suspense que tinha como cenário de fundo, o bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, que eu sonhava um dia conhecer.
Dona Flor e seus dois maridos (1998) Adaptação da obra mais famosa de Jorge Amado uniu humor, muita sensualidade e fantasia em uma trama ambientada na Bahia dos anos 1990. Assisti no mesmo ano de da minha formatura do Colegial, e “por culpa” dela, troquei a minha viagem de final de ano pra Porto Seguro com a turma toda porque preferi conhecer Salvador. Oxente mainha, que saudades!!
Hilda Furacão (1998) Lembro da estreia da Ana Paula Arósio na Globo como Hilda Furacão, a trama era sobre a vida de uma socialite que escandaliza a sociedade mineira dos anos 1950 ao romper com a sua família e com as convenções da época fugindo no dia de seu casamento e indo refugiar-se entre as prostitutas. A historia contava ainda com o romance proibido com frei Malthus (Rodrigo Santoro), que tentava escapar da atração que sentia por ela. A serie e a beleza estonteante de Ana Paulo Arosio eram contagiantes e marcaram muito os anos 90.
O Auto da Compadecida, da obra de Ariano Suassuna (1999) Divertidíssima, com caracterização e interpretação impecáveis, assisto até hoje! Eu simplesmente amava/amo acompanhar as aventura de João Grilo e Chicó com seus diálogos hilários e tudo que acontece com eles. Até depois de mortos e, durante todo o julgamento deles, tendo o Diabo como advogado de acusação, Jesus Cristo de Juiz e Nossa Senhora no papel brilhante de Fernanda Montenegro que consegue livrá-los da condenação e resolve revivê-los para os redimir dos pecados cometidos. É imperdível!
Hoje é dia de Maria, escrita por Luís Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho (2005) Baseada em contos populares, reuniu fábulas e personagens incríveis e pra mim é a mais poética, original e bela produção dos últimos anos. Com imagens, trilha sonora e interpretações brilhantes ao narrar uma historia pura de uma criança, a Maria, que teve a sua infância roubada e depois é devolvida quando ela conhece seu amado que era meio homem e meio pássaro. Essa fábula é linda e lúdica recheada de simbolismos e estética baseada na linguagem dos sonhos. RecoMENDO a todos!!
O Canto da Sereia (2013) Uma trama contemporânea cheia de segredos. Uma investigação policial em busca de encontrar o assassino de Sereia (Ísis Valverde), a maior musa pop e rainha do axé, que, em plena terça-feira de Carnaval foi assassinada por um tiro certeiro e morreu em cima do trio, na frente de milhares de fãs. Quem poderia querer tirar a vida daquela estrela tão carismática e no auge de sua fama? O final foi surpreendente!!!
Divã (2011) Assisti (e amei) o filme. A série ficou mais especial ainda! Baseada no livro homônimo de Martha Medeiros, foi nessa série que descobri Paulo Gustavo – como o cabeleireiro Renê (meu humorista predileto e hoje a grande estrela do Canal Multishow e do cinema com o filme “Minha mãe é uma peça”). Em cada episódio, Mercedes, a maravilhosa Lilian Cabral, procura seu analista com uma história diferente. Era sempre uma delicia acompanhar as sessões dela com Dr. Lopes.
Separação (2010) O cotidiano da vida a dois, com picuinhas e manias do casal Karin (Débora Bloch) e Agnaldo (Vladimir Brichta), esse casal estava sempre “em processo de rachadura”. Tudo era motivo para implicância. Eles não se suportavam, brigavam por tudo, faziam as pazes e brigavam de novo. Mas, por alguma razão, não conseguiam acabar com o casamento. Qualquer coisa era motivo para uma série de trocas de farpas, com sobras de “adjetivos”. Tudo recheado com muito humor e ironia! Durou pouco e deixou muita saudade!!!
Os Normais (2001 – 2003) Escrito por Alexandre Machado e Fernanda Young e dirigido por José Alvarenga Jr., contava o cotidiano de Rui e Vani: um típico casal de classe média, na faixa dos 30 anos de idade. Cheios de manias, preconceitos, paranoias e superstições… tinham diálogos rápidos e edição ágil, apresentando personagens e as tramas paralelas de forma sucinta. O texto brincava com a metalinguagem e os personagens falavam diretamente para a câmera. Tudo muito inovador pra época, embora já tenha passado mais de 10 anos da sua estreia, Os Normais com certeza é a minha serie preferida por transformar de forma tão genial tudo em comédia sobre o cotidiano de pessoas comuns (nós), a gente assiste e toda hora de reconhece em um dos personagens ou naquela situação. Inesquecível!
Bônus Pé na Cova – cada vez que assisto a PÉ NA COVA de Miguel Falabella, não é só o riso que me pega. É também a escrita a várias mãos e o apelo bom àquilo que o subúrbio tem de melhor: a vizinhança e seu entorno. Um entorno interpretado por gente que sabe fazer, e entendeu o espírito da coisa. Vendo alguns episódio percebo que muitos devaneios podem se tornar reais e nos encher de vontade de vida. Que eu, particularmente, acho que é o mote do programa!
Nota do Apezinho: O Dieguito nos mostrou sua estante de DVDs aqui!
2 Comentários
Parabéns pelo post. Eu também sou fã das séries brasileiras e não entendo tanto preconceito em relação ao que produzimos no Brasil. Não vi na sua lista, então não sei se acompanhou a série Queridos Amigos, exibida em 2008 e escrita por Maria Adelaide Amaral. Fala sobre um grupo de amigos do tempo da Ditadura que se encontra depois de quase 10 anos. É muito bom para quem está perto dos 30 pois a gente se reconhece nas nossas mudanças de prioridades, pensamentos, etc. A trilha sonora é absurda de boa. A série é cheia de referências e os detalhes do figurino e dos cenários são diretamente do túnel do tempo.
Abraço!
Olá Bruna, que bom que você gostou! Fiquei feliz com seu comentário e dica. Também acompanhei e tenho o box de “Queridos Amigos” e concordo contigo! Era muito bacana acompanhar a historia e o reencontro daquele grupo de amigos, e descobrir que todos seguiram caminhos distintos e, dispersados uns dos outros por força do destino, por fim acabaram se tornando pessoas bastante diferentes das que eram ou pensavam ser. Acontece muito na vida real, ne?
Também merece destaque especial para uma cena incrível, forte e memorável: Quando Iraci (Fernanda Montenegro) encontra com Nenê, o Torturador (Nelson Diniz)da sua filha Bia. É de arrepiar aquele dialogo entre eles.
um abraço!