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Um amor de apezinho

Mais um post lindinho que escrevemos para o blog do Cantão, o Viver Bem, você conhece? O link original está aqui.

Boa visita!

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Quando a Lu e o Fil leram o texto do classificado ficaram numa animação só! Duplex aos pés do Cristo. Duas suítes. Piscina. Laje. Que sorte! Já o corretor, que os acompanhou na primeira visita, os desanimou: “Vocês já sabem, né?” Não, eles não sabiam! O imóvel não era nada fácil de ser alugado. A cozinha ficava do lado de fora, na varanda, exposta às mudanças de clima. O lavabo tinha um janelão que os deixava à vista dos vizinhos. Fazer xixi ali seria um ato de coragem! O lugar pertencia à família de um excêntrico cineasta francês, já falecido. Sua arquitetura cheia de descobertas, espaços vazados e convites a espiadelas era uma dor de cabeça pra imobiliária. Já para os dois queridos, uma alegre surpresa. Ter um apezinho-engraçado-esquisito-inspirador não só era possível, como estava esperando por eles. Coisa de filme.

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Amigos desde adolescentes em Niterói, a Lu e o Fil sempre se gostaram, mas de cinco anos pra cá eles viraram uma dupla inseparável! Isso foi depois que a Lu voltou de Londres. Começaram a viajar pra São Paulo e se descobriram melhores companheiros. E olha que o Fil já tinha decidido que não moraria com mais ninguém. Mas a Lu o fez mudar de ideia. O amor é tanto e tão sincero, que dá vontade de morar com eles também. Ele é formado em literatura. Hoje é roteirista de TV, cinema e teatro. Ela em jornalismo. Trabalha na Globo e também como roteirista. Os dois têm projetos juntos. E o desenho do apezinho de cinema só fortalece e influencia seus projetos criativos. Tudo ali é inspiração.

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Os investimentos na mudança não foram tantos, mas fizeram diferença. As cores das paredes lembram a Coyoacán de Frida Kahlo. Vermelho, laranja, amarelo, azul real… Os móveis e objetos de decoração reforçaram o espírito do lugar. O amigo Anderson Farinelli ajudou. O futton ganhou novos pallets. O espelho e uma antiga papeleira de família se casaram com o que é do proprietário e foi mantido. E aí entram os mais charmosos caixotes, quadros e vinis do planeta! Vitrola. Gramofone. Projetor. Praticamente um centro cultural! E a Lu, o que trouxe? A Lu é uma poeta! Trocou a sua cozinha por uma bicicleta dobrável, acredita? Só ela!

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E assim a vida dos amigos-irmãos se desenrola em um ritmo tão próprio dos dois. Em momentos de silêncio ou de papos intermináveis. Nesse canto meio apê meio casa. Com janelas antigas azuis, passarinho, mico e manga no pé, apesar deles estarem no terceiro andar. Laje, lua, vinho e amor. Mergulho de manhã e aquela pedra bonita vista de todos os ambientes que protege o lugar e abençoa os finais de tarde coloridos.

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Tudo bem que pra chegar nesse ponto, eles passaram por algumas dificuldades nada poéticas. Demoraram séculos para colocar internet e tv a cabo. E o vazamento na piscina? Uma ópera. Hoje tudo compensa! O apezinho imaginário é real! E eles juram que musa Catherine Deneuve usou a banheira do Fil. E a , que, dizem, usou a banheira do Fil. Banheiro do Ze Celso.

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Entusiasmados. Com Deus dentro. Seriado particular.

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2 Comentários

  • RespondaSamuelnovembro 25, 2015 at 1:51 pm

    UAU! deu muita vontade de conhecer esse lugar! <3

  • RespondaDiego Carzadezembro 1, 2015 at 12:38 pm

    Amei conhecer essa historia! O Fil é apenas maravilhoso, amo tudo que ele escreve e adoraria te-lo como amigo porque ele é genial!!

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